Enquete!
O que mais encanta uma mulher ?
Inteligência
Voz
Olhar
Pegada
Sinceridade
Cavalheirismo
Sexo Selvagem
Dinheiro
Ver Resultados

Rating: 3.3/5 (44 votos)









Um pierrot, retrocesso.

Um pierrot, retrocesso.

E se o mundo acabasse hoje?

 

Sua casa, sua família, seus amigos e aquela camisa preferida! Acabar? Acabar de ter um fim? Um ponto final? Não, não, não, mas como assim? E a toalha molhada em cima da cama que você tem que tirar? E o dentista que você marcou?

Fim.

 A ordem das coisas é tosca; mais tosca ainda é a vida acompanhada de incertezas que cessam a esperança do "seguir". Seguir pra quê? Pra esperar um Tsunami causador de desastres ambientais que DEVEM ser entendidos como naturais e aceitos por fiéis como forma de apocalipse? Pra ser vítima de um terremoto que destruirá - além de você e sua casa- a cidade inteira? Seguir por seguir, é não seguir. Mas, ei, deve-se seguir. O porquê da exigência, apesar do impasse, é de fácil compreensão: basta entender que traçar um objetivo a ser alcançado é o alicerce que impulsiona o homem a evoluir. Evolução é importante!

 Certo. Depois dessa explicação persuasiva, você continua com medo de perder sua casa, família e camisa preferida. Não adianta verbalizar o que não é aceito na prática. E as contas que ficaram pendentes? E o filme que você não assistiu? Mas putz! Você é tão novinho pra ter um fim incompleto... Pra onde cê vai? Ei, e seu cachorro? Não era você que tinha planos de ter 3 filhos? E logo você, hein, tão esperto e sabichão...

 Morrer sozinho é egoísmo. Morrer com o resto do mundo é maldade. Alguém me entende? Entender vai de encontro às explicações. As suas idéias não correspondem aos fatos, Cazuza. O tempo pára sim. O homem pára o tempo e o chama de relativo. Homem burro. Homem causador dos buracos na camada de ozônio. Homem que desmata. Homem que é um substantivo reflexivo, fessora, já ouviu falar? O sujeito que pratica e sofre a ação sozinho, sem necessariamente um verbo que o acuse da ação. A voz ativa do sujeito que mais bem contradiz os ensinamentos da gramática, quando eu me refiro à semântica.

 Se o mundo acabasse hoje, parceiro, o desespero do que você não fez e o do que deixou de fazer, te deixaria sem ação, o que explica sua provável indiferença na presença de destruições naturais (ou provocadas pelo "sujeito-reflexivo"). É essa a dica do Carpie Diem: não sinta-se injustiçado no fim. Viva intensamente. Intensamente o suficiente pra lhe fazer bater no peito e assumir seus erros e consequências destes; suficiente pra se orgulhar no futuro; suficiente pra tornar-se um destaque em meio a tantos desapercebidos. Fazer a diferença deveria ser o lema.

 O mundo vai acabar e a Natasha só quer dançar? Como assim, Dinho? É, na vida a gente tem que procurar, pelo menos vir achar, razão para viver, pra que o nosso sonho todo azul da cor do mar, Tim Maia, desperte o mesmo azul do brilho dos olhos dela, que tanto lhe inspiram nos sonhos que não se quer mais acordar, não é mesmo, Darvin ? Sim, Cazuza, faz sim parte do meu, do teu, do nosso show.

 

Estamos, meu bem, por um triz.